A dualidade partícula-onda!

"Existem mais coisas no céu e na terra, Horácio, que a tua filosofia jamais sonhou."

William Shakeaspeare - Hamlet ; ato I ; cena 5 ; verso 175

A matéria é, basicamente, tudo aquilo que possui massa e, portanto, o componente basilar da vida, do universo e de tudo mais. Indivisível não é, contudo. A origem da fragmentação da matéria é um tanto quanto incerta. Atribui-se a idéia primordial do átomo aos filósofos gregos, particularmente à Demócrito que, esclarecidamente, disse ao mundo que um átomo seria o componente básico de toda e qualquer matéria, além de ser qualitativamente iguais, diferindo, apenas na forma, no tamanho e na massa. Seu pensamento era fundamentalmente correto, mas não completo e abrangente. O primeiro modelo atômico, criado por John Dalton, surgiu apenas séculos e séculos mais tarde e não se mostraria totalmente apropriado, sendo o primeiro cientista a elucidar o elétron John Thomson.

Atualmente sabemos, claramente, que o elétron não é o único componente do átomo e o modelo vigente tem dois preceitos básicos: o Princípio da incerteza de Heinsenberg e a dualidade partícula-onda do elétron. O primeiro, tentando ser o menos prolixo possível, estabelece que o quão maior é a aproximação para observar uma partícula diminuta, mais difusa se torna a visão da mesma. Já o segundo eu deixo o Dr. Quantico explicar de forma didática e concisa:





Lembre-se agora daquela perguntinha cretina do seu professor de física, que a princípio parecia simples, mas revelaria-se capciosa após uma esdrúxula combinação batida... "Depende do referencial." Dir-te-ia seu catedrático. Tão simples, tão lógico, tão incerto. O observador, como o Dr. Quantico nos ensinou, altera significativamente não só o resultado das ações, mas o próprio comportamento daquilo que se observa. Ah... Finalmente podemos passar para o assunto a ser debatido hoje, não o comportamento dual de partículas diminutas, mas o próprio comportamento humano.

Não somos elétrons, apesar de sermos compostos, em conjunto com prótons, nêutrons e todas aquelas outras partículas subatômicas (que não vem ao caso serem mencionadas), pelos mesmos. E, antes que eu me esqueça, perdoe-me os lugares comuns. Entretanto, assim como os elétrons, apresentamos uma dualidade comportamental. Não comece a se chocar contra a parede, não estou dizendo que podemos difratar através de fendas... A verdade é que o ser humano foi dualmente antropomorfizado. Um processo de construção comportamental que, ao contrário das lógicas maniqueístas, não apresenta alteregos opostos. Nada de um bom e de um mal, sequer um egocêntrico e outro altruísta, apresentamos múltiplos egos ao mesmo passo que não somos esquizofrênicos.



Uma mente brilhante?


O que ocorre, afinal, é que somos seres diferentes dependendo do meio em que nos encontramos. Ou seja, mais que duais, somos plurais.

Utilizando conceitos evolucionistas para lógicas comportamentais, percebe-se que tanto Darwin quanto Lamarck estavam certos. O primeiro por exemplificar que as pressões ambientais selecionam os mais aptos a determinado ambiente. Já Jean-Baptiste, foi feliz ao afirmar que as modificações no ambiente, ou seja, as alterações de suas necessidades, podem causar a transmutação dos seres, mas, no caso, da personalidade dos seres.

Em breve pretendo escrever a respeito dos teoremas da física aplicados, também, ao comportamento. Quem é você?

"REFLITÃO 16:3"
Cersibon - Madeira, Rafael

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