Lidando com o tempo.

Caso o que defina um bom escritor seja sua variedade de temas sou, portanto, um escritor medíocre. Possuo temas, certamente, porém abstenho-me à pouco mais de meia dúzia deles. Não por preguiça ou acomodação, mas pelo simples prazer que tenho em escrever à respeito daquilo que eu gosto.


Então, voltando, aliás, iniciando o assunto de hoje, lidando com o tempo.




Apesar desse brother aí de cima ser gay, foi um gênio (nada contra os gays, muito menos contra os gênios). Colocou, de forma lírica e poética, verdades universais acessíveis à qualquer alma penada que perambule por essas terras. Enquanto Cecília Meireles dissertava à respeito do bater incessante do relógio, Cazuza veio e cantou um singelo "o tempo não pára". Nada de cóloquios pretensiosos para caracterizar o inexorável. Nada disso. Não precisou de epifanias metafísicas para entender um dos maiores mistérios da humanidade. Isso pra não falar do universo. Ele só chegou e falou, "não pára, não, não pára".


Cecília Meireles em um sublime momento de... é... não sei de que.


O tempo passa, óbvio que passa. Por mais que exista toda uma mídia que tenta nos vender idéias de controles remotos mágicos que o manipulam e viagens temporais, não há como negar que o universo segue uma incansável linha cronológica. O ser-humano, como integrante deste universo, segue suas leis e, portanto, segue sua vida com o tempo, rumo à, também, inexorável morte. Daí nossa dificuldade em lidar com o tempo. Se aceitamos que este "não pára", aceitamos que a morte nos aguarda. Compreender que essa vida, ou seja, esse tempo que possuímos entre o nascimento e o falecer, é somente essa, acredite, é uma árdua tarefa para uma maioria que não acredita em reencarnação.


Maldita Hollywood!


Ah, vazio e soberano tempo! Incessante, inexorável, incansável! Que relação difícil entre o homem, mestre da terra, e o tempo, mestre do universo. Como resolver este eterno impasse?


Possível interlocutor para esse diálogo.
P.E.I (piada extremamente infame)


Infelizmente, não há vencer este duelo. Existe um fim. Decreta-se a morte. Pode-se até contestar que seja ou não o “fim último”, mas abster-se desse encontro marcado ninguém conseguiu. A morte é uma prova final, aplicada a qualquer momento; e por mais que se creia não estar preparado, todos somos aprovados. Se não pode-se vencer, junte-se à eles! O homem, apesar de animal, possuí duas características básicas que o diferencia dos demais animais, polegar opositor e telencéfalo altamente desenvolvido. A partir do raciocínio aliado à razão descobrimos como abstrair de nossa efêmeridade, o perene. Através da escrita, imortalizamos nossas idéias ao passo que nos fundimos ao tempo.

Muito bem, sabemos como extravasar a morte. Mas como lidar com tudo que nos incomoda enquanto vivos? Bom, isso é assunto para um outro post e fica para uma outra hora.

Um abraço,

Rodrigo Mena

Menos, Mena! Menos!

Ocasionalmente tenho vontade de sentar e redigir. Escrita livre, sem tópicos e sem objetivos. Na maioria das vezes que isso acontece não disponho de elementos que consigam cravar meus pensamentos, seja em folha, seja em documento de texto. Como o que não é escrito é perdido, não por mim, mas pela história, decidi criar este espaço. Assim, quando bater aquela vontade novamente, posso vir aqui e suprir minhas necessidades pseudo-intelectuais através de léxicos chiques e desnecessários.

Isto dito, algumas considerações iniciais:

1° Postagens aleatórias, sem data, sem compromissos, sem objetivos.

2° Escrevo para me entreter e me distrair, o que é engraçado para mim pode não ser para você.

3° O domínio do blog é público, contudo, em primeira estância, não divulgarei o link. Quando o conteúdo estiver um maior, reconsiderarei.

4° Meu nome é Mena, Rodrigo Mena. (momento de auto-constrangimento)

5° ...

6° Avaí.

7° Atlético-MG.

Saudações cruzeirenses,

Rodrigo Mena

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